sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Mais um estaleiro?


Não são necessárias muitas palavras para que até qualquer criança entenda a que nos estamos a referir quando perguntamos: “Mais um estaleiro?”

As imagens localizam um espaço junto ao Mini Preço situado na Rua Máximo Silva, paredes-meias com o parque de estacionamento do referido espaço comercial, e, tal como acima é dito, explicam-se por si só.




terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Os Vampiros - Eles comem tudo...


ZECA AFONSO - Recordá-lo 23 anos após a sua morte

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 2 de Agosto de 1929 — Setúbal, 23 de Fevereiro de 1987), mais conhecido por José Afonso ou Zeca Afonso, foi um cantor e compositor português.

Oriundo do fado de Coimbra, foi uma figura central do movimento de renovação da música portuguesa que se desenvolveu na década de 60 do século XX, José Afonso ficou indelevelmente associado ao derrube do Estado Novo, regime de ditadura vigente em Portugal entre 1933 e 1974, uma vez que uma das suas composições, Grândola, Vila Morena, foi utilizada como senha pelo movimento militar que instaurou a democracia, em 25 de Abril de 1974.

Biografia

Foi criado pela tia Gé e pelo tio Xico, numa casa situada no Largo das Cinco Bicas, em Aveiro, até aos 3 anos (1932), altura em que foi viver com os pais e irmãos, que estavam em Angola havia 2 anos.

A relação física com a natureza causou-lhe uma profunda ligação ao continente africano que se reflectirá pela sua vida fora. As trovoadas, os grandes rios atravessados em jangadas, a floresta esconderam-lhe a realidade colonial. Só anos mais tarde saberá o quão amarga é essa sociedade, moldada por influências do apartheid.

Em 1937, volta para Aveiro onde é recebido por tias do lado materno, mas parte no mesmo ano para Moçambique, onde se reencontra com os pais e irmãos em Lourenço Marques (agora Maputo), com quem viverá pela última vez até 1938, data em que vai viver com o tio Filomeno, em Belmonte.

O tio Filomeno era, na altura, presidente da câmara de Belmonte. Lá, completou a instrução primária e viveu o ambiente mais profundo do Salazarismo, de que seu tio era fervoroso admirador. Ele era pró-franquista e pró-hitleriano e levou-o a envergar a farda da Mocidade Portuguesa. «Foi o ano mais desgraçado da minha vida», confidenciou Zeca.

Zeca Afonso vai para Coimbra em 1940 e começa a cantar por volta do quinto ano no Liceu D. João III. Os tradicionalistas reconheciam-no como um bicho que canta bem. Inicia-se em serenatas e canta em «festarolas de aldeia». O fado de Coimbra, lírico e tradicional, era principalmente interpretado por si.

Os meios sociais miseráveis do Porto, no Bairro do Barredo, inspiraram-lhe para a sua balada «Menino do Bairro Negro». Em 1958, José Afonso grava o seu primeiro disco "Baladas de Coimbra". Grava também, mais tarde, "Os Vampiros" que, juntamente com "Trova do Vento que Passa" (um poema de Manuel Alegre, musicado e cantado por Adriano Correia de Oliveira) se torna um dos símbolos de resistência antifascista da época. Foi neste período (1958-1959) professor de Francês e de História na Escola Comercial e Industrial de Alcobaça.

Em 1964, parte novamente para Moçambique, onde foi professor de Liceu, desenvolvendo uma intensa actividade anticolonialista o que lhe começa a causar problemas com a polícia política pela qual será, mais tarde, detido várias vezes.

Quando regressa a Portugal, é colocado como professor em Setúbal, mas, devido ao seu activismo contra o regime, é expulso do ensino e, para sobreviver, dá explicações e grava o seu primeiro álbum, "Baladas e Canções".

Entre 1967 e 1970, Zeca Afonso torna-se um símbolo da resistência democrática. Mantém contactos com a LUAR (Liga Unitária de Acção Revolucionária) e o PCP o que lhe custará várias detenções pela PIDE. Continua a cantar e participa, em 1969, no 1º Encontro da "Chanson Portugaise de Combat", em Paris e grava também o LP "Cantares do Andarilho", recebendo o prémio da Casa da Imprensa pelo melhor disco do ano, e o prémio da melhor interpretação. Zeca Afonso passa a ser tratado nos jornais pelo anagrama Esoj Osnofa em virtude de ser alvo de censura.

Em 1971, edita "Cantigas do Maio", no qual surge "Grândola Vila Morena", que será mais tarde imortalizada como um dos símbolos da revolução de Abril. Zeca participa em vários festivais, sendo também publicado um livro sobre ele e lança o LP "Eu vou ser como a toupeira". Em 1973 canta no III Congresso da Oposição Democrática e grava o álbum "Venham mais cinco".

Após a Revolução dos Cravos continua a cantar, grava o LP "Coro dos tribunais" e participa em numerosos "cantos livres" e nas campanhas de alfabetização promovidas pelo MFA. A sua intervenção política não pára, tornou-se um admirador do período do PREC e em 1976 apoia Otelo Saraiva de Carvalho na sua candidatura à presidência da república.

Os seus últimos espectáculos decorreram no Coliseu de Lisboa e do Porto, em 1983, quando Zeca Afonso já se encontrava doente. No final desse mesmo ano, é-lhe atribuída a Ordem da Liberdade, mas o cantor recusa.

Em 1985 é editado o seu último álbum de originais, "Galinhas do Mato", em que, devido ao avançado estado da doença, José Afonso não consegue cantar na totalidade. Devido a isso, o álbum foi completado por: José Mário Branco, Helena Vieira, Fausto e Luís Represas. Em 1986, já em fase terminal da sua doença, apoia a candidatura de Maria de Lourdes Pintasilgo à presidência da república.

José Afonso morreu no dia 23 de Fevereiro de 1987 no Hospital de Setúbal, às 3 horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica.

Em 1994 é feita um CD duplo em homenagem a José Afonso a que se chamou "Filhos da Madrugada Cantam José Afonso". No fim de Junho seguinte, muitas das bandas portuguesas que integraram o projecto, participaram num concerto que teve lugar no então Estádio José de Alvalade, antecessor do actual Estádio Alvalade XXI.

Em 24 de Abril de 1994 a CeDeCe-Companhia de Dança Contemporanea, estreia no Teatro S. Luiz em Lisboa o Bailado Dançar Zeca Afonso com música de José Afonso e coreografia de António Rodrigues, uma encomenda Lisboa94-Capital Europeia da Cultura.

Muitas das suas músicas continuam a ser gravadas por numerosos artistas portugueses e estrangeiros. Calcula-se que existam actualmente mais de 300 versões de músicas suas gravadas por mais de uma centena de intérpretes, o que faz de José Afonso um dos compositores portugueses mais divulgados a nível mundial.

Transcrito de Wikipédia, a enciclopédia livre


Eleições – Rotunda – Buracos - Eleições


Na Rua Máximo Silva, junto às recentes instalações do Mini Preço, foi colocada uma Rotunda, cuja construção estava a ser executada no decorrer das últimas eleições autarcas. Uma obra que, lastimavelmente, não está concluída.

Os buracos na via são mais que muitos e, não fosse ser o acaso da má construção do pavimento, diríamos que são colocados estrategicamente para provocar danos nos veículos que por ali passam.

Observando as fotos só se pode concluir que isto (a Rotunda, evidentemente!) é uma miséria.







Também no cimo da Rua do Bradual, na confluência com a Rua Máximo Silva, nas traseiras do já referido Mini Preço, quase na entrada da Rotunda, o pavimento vai-se progressivamente desfazendo e um buracão dificulta a passagem de carros que têm a infeliz ideia de por ali circularem.




Tenhamos, contudo, esperança. Talvez nas próximas eleições autárquicas…


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O preço dos combustíveis

Imagem de Jpuelche

O preço dos combustíveis

Talvez não seja a primeira vez que a GALP afirma que “os preços actuais estão perfeitamente ao nível do que se verifica nos restantes países europeus “ (Público online de 17.1.2010 que cita a Lusa)

Eugénio Rosa, economista, confronta as declarações da GALP com os dados oficiais sobre os preços dos combustíveis em Portugal e nos outros países da União Europeia.

O estudo que desenvolve pode ser lido AQUI.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O carnaval em que só o 1º Ministro trabalhou



O CARNAVAL

A Palavra Carnaval terá tido origem na palavra “Carrum Navalis” designação de uns carros que se viam nas Dionísias, festas da Antiga Grécia. Também há quem defenda que Carnaval deriva da expressão “carne lavandas” que significa o “adeus à carne”, no sentido literal do termo. Como o Carnaval tem lugar antes da Quaresma este “adeus à carne” está relacionado com a proibição de comer carne que a igreja católica determinava para os seus seguidores.

O Carnaval terá tido origem no antigo Egipto ou na antiga Grécia ou ainda em Roma com as saturnálias.

A Igreja apodera-se do Carnaval, procura sublimá-lo e consegue-o, para impedir a libertinagem pagã e enquadra-o em regras nem sempre seguidas pelos foliões, pois o Entrudo sempre se manteve com características de festa popular de rua.

O Carnaval moderno com desfiles e Máscaras (trajes) tem origem na sociedade vitoriana do século XIX.

São famosos o Carnaval de Veneza, o Carnaval do Brasil, nomeadamente o do Rio de Janeiro, o Carnaval em New Orleans e o Carnaval na Alemanha.


SÓ PRIMEIRO-MINISTRO TRABALHOU

Terça-feira de Carnaval é um Feriado Nacional facultativo que tem lugar 40 dias antes da denominada Semana Santa ou 47 dias antes do Domingo de Páscoa.

É uso o Governo deliberar por Despacho que concede neste dia tolerância de Ponto aos funcionários e agentes do Estado e dos serviços da administração central; também alguns sectores de actividade consideram através dos seus contratos ou acordos colectivos de trabalho este dia como Feriado.

Ao longo de anos que a Terça-feira de Carnaval ou Entrudo (como também é conhecida) tem sido um dia de descanso para a maioria da população trabalhadora portuguesa, designadamente para os trabalhadores por conta doutrem.

O Prof. Cavaco Silva, enquanto Primeiro-ministro, no então seu terceiro governo, decidiu que o Entrudo (Terça-feira) não era para “brincar” e não despachou a consuetudinária tolerância de ponto.

A revolta da população trabalhadora foi de tal forma avassaladora que nessa Terça-feira de Carnaval, dizem os mais radicais, só o Primeiro-ministro trabalhou.

Desde essa data que a população, porque lutou, tem vindo, até hoje, a gozar o Entrudo.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A 5ª sinfonia como nunca a viu



Brilhante e magistral adaptação da 5ª Sinfonia de Beethoven realizada pelo escritor, cómico e actor que era Sid Caesar. Uma demonstração talentosa de humor inteligente.

(ligue o som do computador e delicie-se com o vídeo)


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Pelo menos, perguntem-lhe o nome



Pelo menos, perguntem-lhe o nome

Se na nossa urbanização construírem um Parque de Estacionamento e um simpático cobrador vos abordar, por favor, pelo menos, perguntem-lhe o nome.

Vem isto a propósito de uma hilariante notícia publicada, ao que dizem, no “The London Times”

Ora leiam:

No exterior do England 's Bristol Zoo existe um parque de estacionamento para 150 carros e 8 autocarros. Durante 25 anos, a cobrança do estacionamento foi efectuada por um muito simpático cobrador.

As taxas eram o correspondente a 1.40 € para carros e 7.00 € para os autocarros. Um dia, após 25 sólidos anos de nenhuma falta ao trabalho, o cobrador simplesmente não apareceu.

A administração do Zoo, então, ligou para a Câmara Municipal e solicitou que enviassem um outro cobrador. A Câmara fez uma pequena pesquisa e respondeu que o estacionamento do Zoo era da responsabilidade do próprio Zoo, não dela. A administração do Zoo respondeu que o cobrador era um empregado da Câmara. A Câmara, por sua vez, respondeu que o cobrador do estacionamento jamais fizera parte dos seus quadros e que nunca lhe tinha pago ordenado.

Enquanto isso, descansando na sua bela residência nalgum lugar da costa da Espanha (ou algo parecido), existe um homem que, aparentemente, instalou a máquina de cobrança por sua conta e então, simplesmente começou a aparecer, todos os dias, cobrando e guardando as taxas de estacionamento, estimadas em 560 € por dia... durante 25 anos!!! Assumindo que ele trabalhava os 7 dias da semana, arrecadou algo em torno de 7 milhões de Euros.

E ninguém sabe, nem sequer, seu nome ...!!!

Como diria o saudoso Fernando Pessa: E esta, hein?


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Se é a favor da pena de morte… não leia!

Martin Grossman

No seu apelo do mês a “AMNISTIA INTERNACIONAL”, através da Secção Portuguesa, informa que “O norte-americano Martin Grossman, hoje com 45 anos de idade, será executado a 16 de Fevereiro, pelas 18 horas, no Estado da Florida, por um crime cometido quando tinha apenas 19 anos. A ordem foi emitida a 12 de Janeiro pelo Governador do estado norte-americano da Florida, Charlie Crist, e pode ser lida AQUI. Vamos actuar em massa para impedir esta injustiça! Juntos podemos fazer a diferença!”

A “AMNISTIA INTERNACIONAL” pede que a ajudemos a impedir esta execução, pois que Martin Grossman já teve o seu castigo.

A participação que podemos ter até ao dia 16 de Fevereiro, data em que o prisioneiro poderá ser morto por injecção letal, passa por enviar uma carta-tipo via correio electrónico, correio ou fax. Não custa e pode fazer a diferença.

Saiba mais detalhadamente a história desta condenação e como pode contribuir para progressivamente acabar com a pena de morte no mundo, acedendo AQUI.

Se é contra a pena de morte… envie o e-mail.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Alguém que nos responda


Os trechos abaixo são públicos, encontram-se na Internet, divulgados por pessoas devidamente identificadas e reflectem alguns dos acontecimentos que podem eventualmente ser o óbice ao estado de coisas em que a Urbanização se encontra.

Partindo do pressuposto que os trechos abaixo correspondem ao que se passou, convido-vos a ler, para que talvez melhor se depreenda como as coisas funcionam



Em 27 de Maio de 2008

(…)

Sobre a opinião dos dois presidentes, (das Juntas de Freguesia do Cacém e de Rio de Mouro) foi referido (…), que a Câmara e apesar do que possa ter sido dito pelo Beirobra, não recepcionou a Urbanização, face à sua não conclusão, razão pela qual se torna um processo deveras complicado. (…) Mais foi dito pelos dois autarcas que nesta situação, não podem ser desviadas de modo algum verbas para a Urbanização de Vale Mourão, face à situação acima referida, primeiro, porque tais verbas não existem e segundo por que não podem ser feitas, devido à entidade Urbanizadora e se algo for feito, venha a reclamar sobre tal facto e a não fazer mais nada. Isto no aspecto jurídico. (…) Perante as várias perguntas colocadas sobre esta situação (…), foi dito que as coisas têm que ser vistas num plano global, ou seja,epla responsabilidade da entidade responsável a Urbanizadora Beirobra. (…) acerca da caução bancária, (…) conforme foram passando os anos(dez) a mesma é insufeciente para agora a Câmara poder proceder aos trabalhos inacabados.

(…)

(…) segundo é do conheciemnto do Presidente de Rio de Mouro, o plano director inicial da Urbanização, terá sido alterado em determinada altura, facto que era desconhecido (…). Carece de confirmação.

(…)

(…) se o caso não se resolver a bem, então terão que ser acccionados os meios legais ou seja o recurso aos Tribunais.

(…)


Em 19 de Junho 2008

(…)

(…) do que foi dito, pelo Director do Urbanismo, é que todos os males de que carece Vale Mourão, só têm que ser imputados á Urbanizadora Beirobra, por uma série de factos, que careceram de explicações mais profundas do que aquelas que nos foram dadas, ficando contudo as certeza que por muitos motivos, a Urbanização, não foi recepcionada pela Câmara Municipal de Sintra. Mais foi referido que tal não tendo acontecido, qualquer acidente, por falta de corrimãos e tantas outras coisas, como sinalização, serão sempre imputadas a nível de responsabilidade à Beirobra.

Obtivemos ainda a garantia que não havia sido alterado o plano director inicial, pelo menos desde o ano de 2005 para cá.

Soubemos ainda que existe um grande contencioso entre a Câmara Municipal de Sintra e a Urbanizadora Beirobra, que se não houver algo que seja feito, pode continuar e manter-se por muitos anos.

(…)


Em 17 de Julho de 2008

(…) reunião em que estiveram, presentes, o Sr.Presidente da Câmara de Sintra, Dr. Fernando Seara, o Director do Urbanismo, Engº Vítor Ferreira, o Director do Departamento do Ambiente e Intervenção Local, Engº Infante, o Presidente da Junta de Freguesia do Cacém, Sr.Faustino (…) O Senhor Presidente da Cãmara deu directivas aos dois Directores de Departamento, para serem iniciadas requalificações mais prementes na urbanização a serem depois os custos apresentados à Beirobra, obras que já se podem verificar, porque passados dois dias úteis estavam a ser iniciadas, como passadeiras avivadas e corte de capim. Mais informou os directores para darem prioridade a Vale Mourão e deu instruções precisas do que deveria ser o trabalho da Beirobra e da Cãmara (…) Aos poucos iremos ter uma nova urbanização, temos que ter um pouco de calma.mas já se vê trabalho.

(…)


Em 18 de Outubro de 2008

(…)

Segundo o Departamento de Urbanismo da C. M. Sintra, depois de tudo feito, não vai fazer a recepção da urbanização, mas sim fazer a manutenção de todo o bairro, ficando a recepção para quando o próximo P.D.M. – Plano Director Municipal for aprovado e nele constar a adaptação à quilo que não está em conformidade com o alvará inicial. (…)


Em 22 de Janeiro de 2010

(…)

Através do Senhor Presidente da Câmara, e do adjunto deste, foi-nos dito que a Beirobra saía do processo, cabendo a responsabilidade total agora à Câmara de Sintra, que através do adjunto do Presidente, já iniciou o processo de accionamento de todos os meios legais para início de requalificação desta Urbanização, começando por assinaturas de protocolos entre as duas juntas, sendo a primeira a dos espaços verdes. (…) a Câmara assume o seu papel, face à impossibilidade económica da Beirobra.


Quando adquirimos uma casa temos consciência que o preço que vamos pagar respeita ao terreno, ao projecto, ao material de construção, à mão de obra e às mais valias que, menos ou mais, vão parar aos bolsos de todos os que estiverem envolvidos, incluindo, se os tiver havido, os mediadores da venda e, não esquecendo, os possíveis financiadores (bancos) se tiver sido feito recurso ao crédito.

Contudo, há um aspecto que por vezes nos esquecemos e que contribui para aumentar o preço do imóvel: a localização. Uma casa pode ter o seu preço substancialmente mais elevado apenas pelo facto de se localizar em determinada zona. Se constatarmos, também, que no plano da urbanização constam ou nos dizem que constam, determinados equipamentos que permitem uma maior qualidade de vida, de imediato sabemos que vamos pagar esses bens.

Em 27 de Maio de 2008 é atribuído aos autarcas (conforme acima pode ser lido) a afirmação que a Câmara de Sintra não recepcionou a urbanização face à sua não conclusão e que passados 10 anos a caução bancária é insuficiente para proceder aos trabalhos inacabados. Quem é (ou quem são) os responsáveis por esta situação?

Em 19 de Junho de 2008 o Director do Urbanismo diz que todos os males que se verificam na urbanização são da responsabilidade da Beirobra, É ainda acrescentado que, não tendo a urbanização sido recepcionada pela Câmara, qualquer acidente, por falta de corrimãos e tantas outras coisas, como sinalização, serão sempre imputadas a nível de responsabilidade à Beirobra. Denuncia-se, também, que existe um grande contencioso entre a Câmara Municipal de Sintra e a Urbanizadora Beirobra, mas não se quis ou não se pode explicitar a que se estavam a referir. Porque se não agiu atempadamente? Porque deixou a Câmara os munícipes sujeitos a acidentes para os quais tinha e tem a obrigação de alertar e prevenir? Quem é (ou quem são) os responsáveis por esta situação?

Em 17 de Julho de 2008 o Presidente da Câmara de Sintra terá dado directivas aos dois Directores de Departamento, para serem iniciadas requalificações mais prementes na urbanização a serem depois os custos apresentados à Beirobra. Nada se revela sobre a recepção pela Câmara da urbanização, nada se revela sobre o grande contencioso e nada se revelou, posteriormente sobre se a apresentação dos custos foi efectivamente feito. Quem é (ou quem são) os responsáveis por esta situação?

Em 18 de Outubro de 2008 é dito que não vai haver recepção da urbanização, vai-se é fazer a manutenção (a Câmara é que vai) de todo o Bairro e (nem quero acreditar que alguém tenha dito isto!) ficando a recepção para quando o próximo P.D.M. – Plano Director Municipal for aprovado e nele constar a adaptação à quilo que não está em conformidade com o alvará inicial. A Beirobra ou alguém que não se sabe quem, não cumpre, não corrige, possivelmente até não será penalizada, e vai-se alterar o PDM para o adaptar ao que não está em conformidade com o alvará inicial. Senhores urbanizadores, venham para Sintra, porque mesmo que não cumpram o que prometeram, pode ser que não venham a ser penalizados. É só esperar por um novo PDM! Quem é (ou quem são) os responsáveis por esta situação?

Em 22 de Janeiro de 2010 o Presidente da Câmara de Sintra informa que a Beirobra sai do processo (o novo PDM já foi adaptado?) e a Câmara assume o seu papel face à impossibilidade económica da Beirobra. Possibilidade económica que não houve o cuidado de prevenir através de uma caução bancária suficiente. Não é também revelado o que é isso de sair do processo. E só agora é que se descobriu que a Beirobra não tinha capacidade económica? Quem é (ou quem são) os responsáveis por esta situação?

E agora?

Como acima é referido ao adquirir uma habitação estamos não só a comprar o nosso espaço propriamente dito como também todos os equipamentos que enquadram essa nossa casa.

O que nos dizem é que a Câmara Municipal vai fazer o que devia ter sido feito pelo urbanizador, ou seja, o que nos estão a dizer é que nós vamos pagar de novo os equipamentos que já pagámos. Só nós? Claro que não. Todos os munícipes do Concelho vão pagar.

E que vai acontecer à Beirobra? O que vai acontecer aos seus administradores, gestores, sócios? E digo Administradores, gestores, sócios, porque a Beirobra tem que ter responsáveis. Não existe sem pessoas. Vai continuar (vão continuar) a construir no Concelho de Sintra? Vão continuar em detrimento dos que cumprem os seus contractos? Vão continuar a contratualizar com a Câmara de Sintra? Houve, há ou haverá um prejuízo para o erário público, para a Câmara Municipal de Sintra, para os respectivos munícipes?

Quem é (ou quem são) os responsáveis por esta situação? Alguém que nos responda.

É necessário ir mais além no porquê das coisas, termos uma visão de conjunto e não nos limitarmos a olhar para os nossos umbigos.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Fevereiro – Februus


FEBRUUS


Fevereiro

Fevereiro: Februus, Deus etrusco da morte; Februarius (mensis), "Mês da purificação" em latim, parece ser uma palavra de origem sabina e o último mês do calendário romano anterior a 450 A. C. relacionado com a palavra "febre".

Fevereiro é o segundo mês do ano, pelo calendário gregoriano. Tem a duração de 28 dias, a não ser em anos bissextos, em que é adicionado um dia a este mês. Já existiram três dias 30 de Fevereiro na história. O nome Fevereiro vem do latim februarius, inspirado em Februus, deus da morte e da purificação na mitologia etrusca. Originariamente, Fevereiro possuía 29 dias e 30 como ano bissexto, mas por exigência do Imperador César Augusto, de Roma, um de seus dias passou para o mês de Agosto, para que o mesmo ficasse com 31 dias, semelhante a Julho, mês baptizado assim em homenagem ao Imperador Júlio César.

Transcrição: “Wikipédia, A Enciclopédia Livre”