Ainda a propósito do papel anónimo que encontrei na minha caixa de correio no passado dia 11 de Outubro (dia da votação para as eleições autárquicas) permito-me, sem por em causa a justeza das reivindicações feitas, surpreender-me com este apelo imprevisto ao uso do voto como forma de pressão para obter o mínimo a que qualquer cidadão tem direito enquanto munícipe e freguês no seu respectivo Concelho e Freguesia.
Surpreender-me na medida em que me parece evidente, neste particular, o desconhecimento e inércia dos moradores, possivelmente, legitimamente e compreensivelmente mais preocupados com situações que respeitam à incerteza das suas respectivas fontes de rendimento e, designadamente, referentes à subsistência, pagamento de prestações de casa e carros, educação dos filhos, e mais, muito mais.
Surpreender-me porquanto considero que não é possível mobilizar-se toda uma população sem que se verifique um mínimo de intervenção junto da mesma, sem que se estabeleça o diálogo e sem, sobretudo, que se não estimule a participação dos munícipes de forma a que sintam como “coisa” sua as reivindicações que outros façam em seu nome.
Falar com as entidades com capacidade decisória (dialogando ou mesmo reivindicando) sem que toda ou parte substancial da população esteja disponível para o confirmar, apoiar e sustentar convictamente, não passa, na maioria das vezes, de um exercício académico egocêntrico (*).
Surpreender-me porque a imprescindível mobilização das pessoas para colaborarem activamente não é visível, não a constato, não obstante me considerar minimamente atento ao que me rodeia.
A questão que se coloca é que a consciência cívica não pode brotar apenas nas ocasiões eleitorais. Há que criar condições que permitam aos cidadãos exercer o dever (a obrigação) de participarem activamente na defesa dos interesses comuns e não apenas uma vez de quatro em quatro anos.
E se necessário indignarem-se!
Surpreender-me na medida em que me parece evidente, neste particular, o desconhecimento e inércia dos moradores, possivelmente, legitimamente e compreensivelmente mais preocupados com situações que respeitam à incerteza das suas respectivas fontes de rendimento e, designadamente, referentes à subsistência, pagamento de prestações de casa e carros, educação dos filhos, e mais, muito mais.
Surpreender-me porquanto considero que não é possível mobilizar-se toda uma população sem que se verifique um mínimo de intervenção junto da mesma, sem que se estabeleça o diálogo e sem, sobretudo, que se não estimule a participação dos munícipes de forma a que sintam como “coisa” sua as reivindicações que outros façam em seu nome.
Falar com as entidades com capacidade decisória (dialogando ou mesmo reivindicando) sem que toda ou parte substancial da população esteja disponível para o confirmar, apoiar e sustentar convictamente, não passa, na maioria das vezes, de um exercício académico egocêntrico (*).
Surpreender-me porque a imprescindível mobilização das pessoas para colaborarem activamente não é visível, não a constato, não obstante me considerar minimamente atento ao que me rodeia.
A questão que se coloca é que a consciência cívica não pode brotar apenas nas ocasiões eleitorais. Há que criar condições que permitam aos cidadãos exercer o dever (a obrigação) de participarem activamente na defesa dos interesses comuns e não apenas uma vez de quatro em quatro anos.
E se necessário indignarem-se!
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(*) Atitude psicológica caracterizada pela ausência de distinção entre a realidade pessoal e a realidade objectiva.
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