VÉNUS
Abril
Abril: Os estudiosos modernos associam o nome a uma raiz antiga com o significado de 'outro', isto é, outro mês que não Março.
Abril é o quarto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome deriva do Latim Aprilis, que significa abrir, numa referência à germinação das culturas. Outra hipótese sugere que Abril seja derivado de Aprus, o nome etrusco de Vénus, deusa do amor e da paixão. É por esta razão que surgiu a crença de que os amores nascidos em Abril são para sempre. Outra versão é que se relaciona com Afrodite, nome grego da deusa Vénus, que teria nascido de uma espuma do mar que, em grego antigo, se dizia "Abril".
Vénus (em etrusco Aprus) é a deusa do panteão (ou panteon) romano, equivalente a Afrodite no panteão grego. É a deusa do Amor e da Beleza. O nome vem acompanhado, por vezes, de epítetos como "Citereia" já que, aquando do nascimento, teria passado por Citera, onde era adorada sob este nome.
O mito do nascimento conta que surgiu de dentro de uma concha de madrepérola, tendo sido gerada pelas espumas (afros, em grego). Em outra versão, é filha de Júpiter e Dione. Era considerada esposa de Vulcano, o deus manco, mas mantinha uma relação adúltera com Marte.
Vénus foi uma das divindades mais veneradas entre os antigos, sobretudo na cidade de Pafos, onde templo era admirável. Tinha um olhar vago, e cultuava-se o zanago dos olhos como ideal da beleza feminina. Possuía um carro puxado por cisnes.
Vénus possui muitas formas de representação artística, desde a clássica (greco-romana) até às modernas, passando pela renascentista. É de uma anatomia divinal, daí considerada pelos antigos gregos e romanos como a deusa do erotismo, da beleza e do amor.
Os romanos consideravam-se descendentes da deusa pelo lado de Eneias, o fundador mítico da raça romana, que era filho de Vénus com o mortal Anquises.
Na epopeia Os Lusíadas, Luís de Camões apresenta a deusa como a principal apoiante dos heróis portugueses.
Afrodite (nome grego de Vénus, em grego, Αφροδίτη) era a deusa grega da beleza e do amor. Originário de Chipre, o seu culto estendeu-se a Esparta, Corinto e Atenas. Foi identificada como Vênus pelos romanos.
De acordo com o mito teogónico mais aceite, Afrodite nasceu quando Urano (pai dos titãs) foi castrado por seu filho Cronos, que atirou seus testículos ao mar, que começou a ferver e a espumar, esse efeito foi a fecundação que ocorreu em Tálassa, deusa primordial do mar. De aphros ("espuma do mar"), ergueu-se Afrodite e o mar a carregou para Chipre. Por isso um dos seus epítetos é Kypris. Assim, Afrodite é de uma geração mais antiga que a maioria dos outros deuses olímpicos. Em outra versão (como diz Homero), Dione é mãe de Afrodite com Zeus, sendo Dione, filha de Urano e Tálassa. Após jogar seus testículos ao mar Zeus percebeu que algo acontecia no mar, e foi ai que Afrodite se ergueu das espumas. O atributo de Afrodite era o espelho, pois ela era muito bonita
Após destronar Cronos, Zeus ficou ressentido, pois, tão grande era o poder sedutor de Afrodite que ele e os demais deuses estavam brigando o tempo todo pelos encantos dela, enquanto esta os desprezava a todos, como se nada fosse. Como vingança e punição, Zeus fê-la casar-se com Hefesto, (segundo Homero, Afrodite e Hefesto se amavam, mas pela falta de atenção, Afrodite começou a trair o marido para melhor valorizá-la) que usou toda sua perícia para cobri-la com as melhores jóias do mundo, inclusive um cinto mágico do mais fino ouro, entrelaçado com filigranas mágicas. Isso não foi muito sábio de sua parte, uma vez que quando Afrodite usava esse cinto mágico, ninguém conseguia resistir a seus encantos.
Alguns de seus filhos são Hermafrodito (com Hermes), Eros (deus do amor e da paixão) dependendo da versão, é filho de Hefesto, Ares ou até Zeus (com Zeus, apenas quando Afrodite é filha de Tálassa), Anteros (com Ares, a versão mais aceite ou com Adônis, versão menos conhecida), Fobos, Deimos e Harmonia (com Ares), Himeneu, (com Apolo), Príapo (com Dionísio) e Enéias (com Anquises). Os diversos filhos de Afrodite mostram seu domínio sobre as mais diversas faces do amor e da paixão humana. Afrodite sempre amou a alegria e o glamour, e nunca se satisfez em ser a esposa caseira do trabalhador Hefesto. Afrodite amou e foi amada por muitos deuses e mortais. Dentre seus amantes mortais, os mais famosos foram Anquises e Adónis, que também era apaixonado por Perséfone, que aliás, era sua rival, tanto pela disputa pelo amor de Adônis, tanto no que se diz respeito de beleza. Vale destacar que a deusa do amor não admitia que nenhuma outra mulher tivesse uma beleza comparável com a sua, punindo (somente) mortais que se atrevessem comparar a beleza com a sua, ou, em certos casos, quem possuísse tal beleza. Exemplos disso são Psiquê e Andrômeda.
Afrodite e Hefestos tiveram três filhos.
Suas festas eram chamadas de afrodisíacas e eram celebradas por toda a Grécia, especialmente em Atenas e Corinto. Suas sacerdotisas representavam a deusa. Seus símbolos incluem a murta, o golfinho, o pombo, o cisne, a romã e a limeira. Entre seus protegidos contam-se os marinheiros e artesãos.
Com o passar do tempo, e com a substituição da religiosidade matrifocal pela patriarcal, Afrodite passou a ser vista como uma Deusa frívola e promíscua, como resultado de sua sexualidade liberal. Parte dessa condenação a seu comportamento veio do medo humano frente à natureza incontrolável dos aspectos regidos pela Deusa do Amor.
No templo de Corinto, praticava-se prostituição religiosa no templo da deusa. O sexo com as prostitutas, geralmente escravas, era considerado um meio de adoração e contacto com a Deusa.
Além disso Afrodite queria que todos a sua volta percebessem que ela tinha algo em comum com Hefestos, mas seu pai não a deixava falar com ele.
Afrodite tem atributos comuns com as deusas Vénus (romana), Freya (nórdica), Turan (etrusca), Ishtar (mesopotâmica), Inanna (suméria) e com Astarte (mitologia babilónica).
Transcrição: “Wikipédia, A Enciclopédia Livre”
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