terça-feira, 2 de novembro de 2010

Eleições na ARPIAC



ELEIÇÕES NA ARPIAC

Em Portugal os hábitos associativos não fazem, presentemente, parte de uma cultura de cidadania, muito devido à ditadura do chamado estado novo, regime fascizante que sucedeu à 1ª República.

Também a democracia participativa, indissociável do associativismo, não é um conceito activo dos cidadãos que são mais reactivos que pró-activos. Contudo, a participação democrática tem a sua maior implementação através da inserção em movimentos associativos que se expressam ou não em instituições.

Não existe nenhuma associação sedeada na Urbanização de Vale Mourão pelo que os locais de convívio, de troca de opiniões, de participação (embora incipiente) na vida colectiva, se fazem, quando fazem, nos cafés. Uma adaptação há semelhança do que se passava há alguns anos nas tabernas das aldeias.

Por outro lado, dir-se-á (com as injustiças que a generalização pode promover) que existem no Concelho de Sintra algumas dezenas de instituições cuja participação dos respectivos sócios se limita a pagarem a quotização e, apenas alguns, a votarem periodicamente. E é também por isso que constatamos a eternização de muitos cidadãos em cargos e funções directivas.

Vem tudo isto a (des)propósito das eleições que vão ter lugar para os Corpos Gerentes de uma Instituição de Solidariedade Social (a ARPIAC) que mesmo aqui ao nosso lado, em Agualva-Cacém, desenvolve trabalho social de apoio a um elevado número de residentes no nosso Concelho.

A considerar o que diz o Blogue “MUDAR para SERVIR” (http://www.mudarparaservir.blogspot.com/), um dos meios de comunicação de uma lista candidata aos Corpos Gerentes da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém, tudo se encaminha para que nas próximas eleições desta IPSS se confrontem duas candidaturas.

Estamos pois perante situações que indiciam mudanças na postura dos cidadãos com vista a uma maior participação e, sobretudo, de contestação a quem, ao longo de anos se mantém “agarrado” a cargos e funções electivas não promovendo, consequentemente, o associativismo e a democracia participativa.

Esta é uma eleição que é importante acompanhar nos seus diferentes aspectos:

 Democraticidade do acto eleitoral nas suas diferentes fases;
 Igualdade de tratamento dado às Listas concorrentes;
 Regras claras, previamente divulgadas, que obstem a decisões fora de tempo, sobre os acontecimentos e feitas à medida;
 Proporcionar aos eleitores todas as facilidades reais que lhes permitam o acesso ao acto de votar.

Esta eleição é pois importante como um indicador de mudança para uma sociedade mais moderna, participativa e consciente, em contraponto com cidadãos ainda conservadores, ainda acomodados e ainda indiferentes.

PARA QUEM NÃO PARTICIPA E ARRANJA SEMPRE DESCULPAS
AQUI FICA UM VÍDEO
(Ligue o som)



Movimento Perpétuo Associativo

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