domingo, 8 de novembro de 2009

Dia Mundial do Urbanismo

Segundo a OMS (1995), para que uma cidade se torne saudável, ela deve esforçar-se para proporcionar:

1) um ambiente físico limpo e seguro
2) um ecossistema estável e sustentável
3) alto suporte social, sem exploração
4) alto grau de participação social
5) necessidades básicas satisfeitas
6) acesso a experiências, recursos, contactos, interacções e comunicações
7) economia local diversificada e com inovação
8) orgulho e respeito pela herança biológica e cultural
9) serviços de saúde acessíveis a todos
10) alto nível de saúde.

Para que o Movimento Cidade Saudável se torne efectivo é vital a participação efectiva de cada um de nós. Isso significa mudar os hábitos e desenvolver novas atitudes. Afinal, uma nova cidade começa em nós. É também preciso que todos os sectores e segmentos sociais assumam um compromisso em torno de problemas e soluções, estabelecendo-se um pacto ou contrato social em prol do Bem-Estar.

A cidade deve ser entendida como um ecossistema, uma unidade ambiental, dentro da qual todos os elementos e processos do ambiente são inter-relacionados e interdependentes, de modo que uma mudança em um deles resultará em alterações em outros componentes.

A natureza na cidade deve ser cultivada como um jardim, em vez de ser ignorada ou mesmo subjugada. São necessários estudos da natureza da ocupação, sua finalidade, avaliação da geografia local, da capacidade de comportar essa utilização sem danos para o meio ambiente, de maneira a permitir boas condições de vida para as pessoas, permitindo o desenvolvimento económico-social, harmonizando os interesses particulares e os da colectividade.

Uma cidade sustentável é compacta, cidadã, solidária e planeada sobre os princípios do desenvolvimento sustentável, sendo reconhecida como parte da natureza.

Afinal, mais do que nunca, é hora de sair o cinza e entrar o verde.

(Extracto de um artigo de Isabela Antunes Joffe)
Fonte: www.worldwatch.org

8 de Novembro

No dia 08 de Novembro comemora-se o Dia Mundial do Urbanismo. Segundo importantes organismos profissionais dos urbanistas como a Associação Internacional dos Urbanistas (ISOCARP, sigla em inglês), Conselho Europeu dos Urbanistas (CEU), Associação Asiática das Escolas de Planeamento Urbano e Regional (APSA), Associação Norte Americana dos Planeadores Urbanos (APA). A data é comemorada desde 1949, como uma estratégia para promover a consciência, a sustentação, a promoção e a integração entre a comunidade e o Urbanismo, de forma participativa, em todos os níveis de governo. Então é uma óptima oportunidade para repensarmos, reflectirmos melhor sobre o Urbanismo enquanto área do conhecimento e sobre as reais condições de vida da população das cidades.


O Dia mundial do Urbanismo

O Dia Mundial do Urbanismo é comemorado em 08 de Novembro. Esta comemoração acontece através de exposições, artigos, conferências, seminários, fóruns, etc. onde se discutem temas relacionados ao Urbanismo e à questão urbana. Esta data comemorativa foi decretada pela Organización Internacional Del dia Mundial del Urbanismo, fundada em 1949, em Buenos Aires – Argentina, pelo professor Carlos Maria Della Paolera, da Universidade de Buenos Aires.

A iniciativa de se promover esta data para discutir o Urbanismo e os problemas urbanos se deu em razão de um clima de discussão teórica sobre o Urbanismo enquanto área do conhecimento e acerca das técnicas ou modelos que serviriam como princípios em todo o mundo, pois já aconteciam eventos de discussão como os CIAM´S – Congresso Internacional de Arquitectura Moderna, além dos CIRPAC e outros eventos na época que tinham este objectivo.

O símbolo, ou emblema, que representa este dia, foi desenhado pelo mesmo criador da data comemorativa em 1934, e simboliza uma trilogia de elementos naturais essenciais à vida humana: o sol (representado em amarelo), a vegetação (representada em verde) e o ar (em azul). Nota-se então uma preocupação com o equilíbrio entre o meio natural e o meio antrópico (urbanizado) nas grandes cidades, numa tentativa de se promover uma maior proporção de espaços livres (verdes), em harmonia com o ambiente construído.

O desafio

As cidades se tornam cada vez mais complexas e o homem busca cada vez mais simplicidade. Numa expressão: qualidade de vida. O poder viver hoje é cada vez mais difícil. Não só para pobres, pois se descobre lentamente, mas definitivamente, que não há como existir dois tipos de seres humanos, os que podem viver e os que não podem viver. A "ponta do iceberg" é a violência urbana que destrói uns imediatamente, e ameaça a destruição dos outros em questão de tempo.

O desafio do profissional urbanista é transformar inquietações e observações, dúvidas e convicções, teoria e prática, em uma resultante de dimensões humanas, pois a cidade é do homem "como o céu é do condor". Isso requer uma imensa dose de esforço e dedicação pessoais, requer o "pé-na-lama", pois o urbanista, como nós delineamos, não se faz apenas em gabinetes, ou nas convicções pessoais, ele vive o urbano, por isso humaniza a cidade. Não é um simples trabalho, é amor e suor pela cidade, transformados em planos, projectos e pactos.

Isso mesmo! Pactos, pois as cidades, metrópoles e megalópoles só serão possíveis se conseguirmos criar um pacto urbano de convivência. O resultado é sempre uma possibilidade de avançar mais na sociedade, na democracia e na liberdade.

Assim é o Urbanismo, área do conhecimento, sempre incompleta, aguardando que nos prontifiquemos a colaborar, sem arrogância ou pretensão, porque nenhuma verdade científica é absoluta.

Assim é o Urbanismo, técnica, a buscar a eficiência e a eficácia, sem a prepotência da dominação, nem o desprezo pelo saber empírico popular.

A REFORMA URBANA E ESTATUTO DA CIDADE

Um das discussões mais actuais em urbanismo é questão da reforma das cidades, através da qual seria possível ampliar o acesso dos mais pobres à propriedade imobiliária, sendo tão prioritário quanto reorganizar a posse da terra no campo. A acção do poder público, para atingir aquele objectivo, deveria lançar mão de mecanismos regulatórios, como os que inibem a especulação com imóveis, e financeiros, como os subsídios.

Há, uma relação directa entre as causas dos problemas sociais que levam grupos a reivindicar moradia nas cidades e terras nas áreas rurais. A reforma agrária ajudaria a conter o fluxo de pessoas que deixam o campo; a reforma urbana, nessas condições, teria mais possibilidades de enfrentar o deficit habitacional.

Fonte: sburbanismo.vilabol.uol.com.br
Sublinhados da responsabilidade do Blogue Urbanização de Vale Mourão


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