Na urbanização de Vale Mourão existem dois postos públicos de telefones. Um localizado na Rua José Gomes Ferreira perto entroncamento com a Rua Sidónio Muralha e outro situado na Rua Mário Dionísio quase junto do entroncamento com a Rua Cesário Verde.
Ambos os postos públicos telefónicos são idênticos, esteticamente aceitáveis e funcionam. Ambos são muito inconfortáveis e não permitem acesso fácil (ou mesmo não permitem acesso nenhum) a alguns cidadãos.
São inconfortáveis porque não protegem minimamente o utilizador do frio, do calor, da chuva e do ruído.
São inacessíveis a qualquer pessoa de estatura baixa ou portadora de deficiência que a obrigue a estar numa cadeira de rodas.
Os meios públicos colocados à disposição dos cidadãos têm que permitir e não podem impedir o acesso a esses meios sempre que tal for tecnicamente viável.
Nem sempre a sociedade e principalmente as pessoas individualmente consideradas, se lembram destas questões excepto quando lhes “toca pela porta”. E, nesses momentos e quase só nesses momentos, é que se revoltam perante situações às quais não davam a mínima atenção nem mexiam uma palha para protestar e muito menos resolver.
É imprescindível que a Câmara Municipal de Sintra e as Juntas de Freguesia de Cacém e de Rio de Mouro utilizem as suas respectivas influências (legais) para que pelo menos um destes postos telefónicos públicos seja adaptado à utilização de pessoas portadoras de deficiência.
Pode parecer pouca coisa mas, citando Edmund Burke, diremos que “…ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada só porque podia fazer muito pouco”.
“Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatómica. Diz respeito à biologia da pessoa. Este conceito foi definido pela Organização Mundial de Saúde. A expressão pessoa com deficiência pode ser aplicada referindo-se a qualquer pessoa que possua uma deficiência. Contudo, há que se observar que em contextos legais ela é utilizada de uma forma mais restrita e refere-se a pessoas que estão sob o amparo de uma determinada legislação.
O termo deficiente para denominar pessoas com deficiência tem sido considerado por algumas ONGs e cientistas sociais inadequado, pois o termo leva consigo uma carga negativa depreciativa da pessoa, fato que foi ao longo dos anos se tornando cada vez mais rejeitado pelos especialistas da área e em especial pelos próprios portadores. Muitos, entretanto, consideram que essa tendência politicamente correcta tende a levar os portadores a uma negação de sua própria situação e a sociedade ao não respeito da diferença. Actualmente a palavra é considerada como inapropriada, e pode promover, segundo muitos estudiosos, o preconceito em detrimento do respeito ao valor integral da pessoa.
A pessoa com deficiência geralmente precisa de atendimento especializado, seja para fins terapêuticos, como fisioterapia ou estimulação motora, seja para que possa aprender a lidar com a deficiência e a desenvolver as potencialidades. A Educação especial tem sido uma das áreas que tem desenvolvido estudos científicos para melhor atender estas pessoas, no entanto, a educação regular passou a se ocupar também do atendimento de pessoas com necessidades educativas especiais, o que inclui pessoas com deficiência além das necessidades comportamentais, emocionais ou sociais.
Desde a Declaração de Salamanca, surgiu o termo necessidades educativas especiais, que veio a substituir o termo criança especial, anteriormente utilizado em educação para designar a criança com deficiência. Porém, este novo termo não refere-se apenas à pessoa com deficiência, pois engloba toda e qualquer necessidade considerada atípica e que demande algum tipo de abordagem específica por parte das instituições, seja de ordem comportamental, seja social, física, emocional ou familiar.”
Transcrito de “Wikipédia A enciclopédia livre”
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