segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Rua Alda Nogueira


Alda Nogueira

Maria Alda Barbosa Nogueira natural de Lisboa, nasceu a 19 de Março de 1923, licenciada em Ciências Fisico-Quimicas tendo exercido docência nessa área.

Militante do Partido Comunista Português (PCP) desde 1942, preocupou-se desde muito cedo com a problemática da emancipação da mulher, daí o seu envolvimento no Movimento Democrático das Mulheres.

No final da década de 40, a sua actividade de resistência à ditadura levou-a à clandestinidade, durante a qual colaborou activamente na redacção do jornal "Avante!".

Em 1957 foi eleita para o Comité Central do PCP (até 1988) e, dois anos depois, foi presa pela PIDE, tendo cumprido nove anos de prisão.

Após o 25 de Abril integrou a Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP e a Comissão junto do Comité Central para os problemas e as lutas das mulheres.

Mulher notável, grande lutadora comunista, consagrou muito da sua vida desde a juventude, a esses ideais e à causa da Emancipação da Mulher, à luta da classe operária e aos ideais da Liberdade, da Democracia e do Socialismo.

Foi deputada à Assembleia Constituinte de 1975 e eleita para a Assembleia da República em 1976, onde permaneceu até 1986.

Para além de ter exercido o cargo de Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PCP durante 12 anos, integrou também várias comissões parlamentares.

Colabora no Suplemento “A Mulher” do Diário.

Publica os livros infantis escritos ou imaginados na prisão: “Viagem numa Gota de Água” e “Viagem numa Flor” e tem no prelo “As coisas também se zangam” com ilustrações de Ana Maria Cunhal.

Colabora nas “Mãos de Fada”, na revista “Modas & Bordados”, nas “Quatro Estações”, faz conferências sobre a mulher e a ciência.

Em 1988, Alda Nogueira foi condecorada com a Ordem da Liberdade e recebeu, em 1987, a Distinção de Honra do Movimento Democrático de Mulheres.

Morreu em 5 de Março de 1998, as suas cinzas foram lançadas à terra, como era seu desejo expresso, a 8 de Março de 1998


Busto de Alda Nogueira
 
QUERO-TE
 
Ao nosso amor
Com o bom e o mau que tem
Quero-lhe bem
 
À nossa flor
Filha de grito mudo
Quero-lhe tudo
 
A ti meu bem
Trazido com os vendavais
Quero-te mais
 
Maria Alda Nogueira
Prisão de Caxias, 24 de Maio de 1961

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